Ontem fui mais uma vez a boate Attica. Nao que seja uma das minhas preferidas, mas ia ter o DJ Sebastian Leger. Nunca o tinha visto tocar. Ele tocou super bem (dancei demais) e dessa vez nao tinham tantos "milhonarios" presentes. Foi agradavel.
Tem uma plataforma mais alta que soh deixam as mulheres subir para dancar. Mas tinham uns caras insistindo em subir e toda hora vinham os segurancas puxar. Acho que esses caras foram os mais divertidos da festa e olha que eram franceses.
Quando acabou, ja nao estava mais tao cheio, as pessoas ficaram gritando "One more, one more!" (Mais um, mais um!) e ele nao voltou!! Nao acreditei!! Se tivesse que voltar a banda todinha... mas soh apertar o PLAY?! heheheheheh (Aperta o play, macho. Deixe de historia...)
2008年3月25日星期二
Bolsa a tira-colo
Os homens usam bolsa a tira-colo em Xangai (eh de se impressionar que nunca deixam voce olhar as roupas femininas). Inclusive, nao eh soh minha observacao como de varios estrangeiros, os chineses, mesmo que nao gays, sao bem femininos. Bolsa a tira-colo, ultimo penteado a estilo Tony&Guy, calcas skinny e tudo mais. Sao bem moderninhos.
E eu percebi uma grande utilidade dessas bolsas. Quando voce esta no metro, eh sempre apertado, nao importa se hora de pico, dia de semana ou fim de semana, sempre lotado. Entao a bolsa ja esta colada em voce, quando aperta (e olha que eles apertam mesmo) eh super tranquilo.
Ontem fui atras de uma para mim. Perto do trabalho tem um shopping de luxo, o Plaza 66. Fui ver, porque nao?. A primeira loja que vi foi a Giorgio Armani, tinha ate uma bolsa bonita mas era praticamente todo o meu salario. O resto da loja nao tinha nada de mais. Fui nas outras variacoes da Armani e tambem nao tinha nada legal. E muita roupa cara.
Depois fui na Replay, que perto da Armani eh super acessivel, as roupas sao otimas, mas nao tinha bolsa a tira-colo. Os vendedores me falavam o preco das coisas em ingles e ja calculavam de cabeca pra dizer em dolar. Super engracado.
Ai passei por outras. Finalmente, descobri porque tem lugares que todo mundo usa preto. A loja da Dior eh toda preta! E todas as roupas sao pretas! E super sem graca, diga-se de passagem. A Prada tinham roupas otimas, mas nao bolsas. A Gucci tava muito boa tambem, principalmente os calcados. Super cara tambem. A Versace nao tinha nada bom. A DIESEL, que nunca fez meu esitlo, tava legalzinha. Agora a JPGaultier estava otima, super tendencia, eu usaria varias coisas. DKNY tinha algumas coisinhas legais. E tinha um loja chamada I.T. que eu quase nao entro, ia me arrepender. Alem da loja ser lindissima, as roupas era fantasticas. Ela vendia roupas desses estilistas que aparecem nas revistas mas voce nunca sabe se sao pra vender ou onde. Tinha uma parte dos estilistas japoneses que era otima. Talvez no dia em que eu deixar de ser estagiario... Minha prioridade na China nao eh, definitivamente, comprar roupas europeias. Enfim, nao achei A bolsa, gracas a deus. Acho que a H&M faz mais meu estilo.
Algumas curiosidades: eu era um dos poucos estrangeiros, quem tava torrando dinheiro mesmo eram os chineses. Outra: os vendedores sao super antipaticos, eu queria ser legal, mas percebi que voce logo tem que fazer cara feia tambem.
E eu percebi uma grande utilidade dessas bolsas. Quando voce esta no metro, eh sempre apertado, nao importa se hora de pico, dia de semana ou fim de semana, sempre lotado. Entao a bolsa ja esta colada em voce, quando aperta (e olha que eles apertam mesmo) eh super tranquilo.
Ontem fui atras de uma para mim. Perto do trabalho tem um shopping de luxo, o Plaza 66. Fui ver, porque nao?. A primeira loja que vi foi a Giorgio Armani, tinha ate uma bolsa bonita mas era praticamente todo o meu salario. O resto da loja nao tinha nada de mais. Fui nas outras variacoes da Armani e tambem nao tinha nada legal. E muita roupa cara.
Depois fui na Replay, que perto da Armani eh super acessivel, as roupas sao otimas, mas nao tinha bolsa a tira-colo. Os vendedores me falavam o preco das coisas em ingles e ja calculavam de cabeca pra dizer em dolar. Super engracado.
Ai passei por outras. Finalmente, descobri porque tem lugares que todo mundo usa preto. A loja da Dior eh toda preta! E todas as roupas sao pretas! E super sem graca, diga-se de passagem. A Prada tinham roupas otimas, mas nao bolsas. A Gucci tava muito boa tambem, principalmente os calcados. Super cara tambem. A Versace nao tinha nada bom. A DIESEL, que nunca fez meu esitlo, tava legalzinha. Agora a JPGaultier estava otima, super tendencia, eu usaria varias coisas. DKNY tinha algumas coisinhas legais. E tinha um loja chamada I.T. que eu quase nao entro, ia me arrepender. Alem da loja ser lindissima, as roupas era fantasticas. Ela vendia roupas desses estilistas que aparecem nas revistas mas voce nunca sabe se sao pra vender ou onde. Tinha uma parte dos estilistas japoneses que era otima. Talvez no dia em que eu deixar de ser estagiario... Minha prioridade na China nao eh, definitivamente, comprar roupas europeias. Enfim, nao achei A bolsa, gracas a deus. Acho que a H&M faz mais meu estilo.
Algumas curiosidades: eu era um dos poucos estrangeiros, quem tava torrando dinheiro mesmo eram os chineses. Outra: os vendedores sao super antipaticos, eu queria ser legal, mas percebi que voce logo tem que fazer cara feia tambem.
putuoshan ii
Continuando com a viagem. No segundo dia, e ultimo, queria acordar cedo e ir ver o nascer-do-sol. Mas nao consegui, estava muito cansado do dia anterior. De qualquer forma, acordei cedo e sai chinelando pela ilha, queria andar em uma unica direcao ate o maximo que meu tempo permitisse. Tinha que voltar ao hotel 12:00 pra encerrar minha estadia e ia fazer o resto do turismo no centro ate as 17:00, quando meu barco saia de volta a Xangai (e finalmente eu ia descobrir onde pegar ele da proxima vez). Andar pelas trilhas foi revigorante para mim, em certos momentos parecia Guaramiranga, em outros Icapui. Engracado que os nativos nao se impressionavam tanto com a minha presenca quanto os Xangainenses.
Nao apenas a paisagem me lembrou estes dois lugares como tambem a simplicidade do estilo de vida, da culinaria, da estetica, etc. Tinham umas casinhas de pedra que dava vontade de levar comigo!
Eu percorri o maximo que pude mas nao consigui chegar ao outro extremo da ilha, onde tinha mais um templo, este fica para proxima.
Durante a tarde, resolvi entrar num templo. Valhe dizer que esta foi a primeira vez que entrei num templo budista. Nao sei porque, eu tinha a ideia que eles nao funcionavam mais como espacos de cultos, pensava que eram apenas lugares turisticos. Talvez pela quantidade de turistas disparando flashes a toda hora.
Nao sei se descrevo o que eu vi la dentro ou a sensacao que eu tive. Nao sou muito bom com as palavras. Este templo que entrei (Puji) data de 973 A.C. e eh constituido de varios edificios alinhados paralelamente a um eixo percursivo longitudinal. E nas extremidades ficavam outros edificios, fechando o perimetro, que pareciam servir de apoio aos templos e aos monges.
Assim que adentrei Puji, vi este primeiro edificio e na frente dele um enorme incensario onde as pessoas colocavam 5, 10 incensos de cada vez. A fumaca e o cheiro estavam impregnados em todos os lugares. O mais impressionante foi ver estes turistas chineses (super afoitos e barulhentos do lado de fora) agradecendo em todas as direcoes e se ajoelhando (inclusive as Patys de salto alto e casacos de pele). Muito bonito, calmo e sereno. Por um momento pensei que nao era permitido entrar, pois estavam todos do lado de fora, mas logo vi que tinham pessoas la dentro. Cheguei perto e vi uma enorme estatua de um buda numa especie de altar, varias flores e outras oferendas em volta. Demorei pra tomar coragem pra entrar, mas entrei. Era ruim de enxergar pois era bem escuro e no outro lado havia uma saida que ofuscava a vista.
Saindo deste primeiro, vi mais um incensario gigante (parece uma churrasqueira), degraus, arvores milenares e mais pessoas se ajoelhando. E eles fazem isso repetidamente: agradecem em pe, se ajoelham, agradecem, levantam, agradecem, se ajoelham, agradecem, repetidamente e bem rapido. Entrei. Neste outro templo, existiam esculturas de varios budas ocupando as extremidades. Se nao me engano sao 12, mas quando contei tinham mais. Entao, eles passavam de um por um agradecendo a todos. Nao sei bem se estavam agradecendo ou se benzendo. Saindo deste templo: mais arvores milenares, mais degraus, mais um incensario e o ultimo templo E-N-O-R-M-E! Se fosse para colocar uma altura diria que era um edificio de 4 pavimentos. E este templo era pintado de amarelo. Quando chego perto, meus olhos enchem de lagrima: uma buda (feminino) gigantesco que ocupava toda essa altura do templo. Alem de ser todo dourado, ainda tinha uma luz amarela e uns panos amarelos. Meu Deus! Era enorme! Do lado direito, tinha uma area com varias mobilias para se ajoelhar e por cima um cilindro de pano com varias inscricoes chinesas que cobria toda esta area e ia ate o teto. Apesar de bem escuro, vi a estrutura do edificio com umas toras de madeira enormes. Todas talhadas. Este ultimo tambem dava para atravessar, mas do outro lado soh tinha um edificio que era fechado ao publico. Eu fiquei perambulando pelo Puji durante muito tempo, entre incensos, fumacas, musicas, cultos e arvores. Foi minha primeira experiencia num templo budista. Estava a beira das lagrimas o tempo todo.
Depois do templo, tentei comprar algumas coisinhas mas meu dinheiro nao permitia muito. Nao queria chegar em Xangai sem um trocado no bolso.
Fui atras do meu barco. Era meio velho e enorme, bem maior do que o da ida. Fui entrando e mostrando meu bilhete para me dizerem onde era meu assento. Ai mandaram eu descer. Depois desci denovo. E acho que desci mais uma vez. E ai ele ficou bem feio. Parecia que eu tava no Titanic naquela ultima classe, os primeiros que morreram. Finalmente achei meu numero, era um quarto com 8 camas em beliche. Era feio mas tava bem limpinho com travesseiro e coberta. Nao vou mentir, estava com medo, nao faco muitas viagens de barco, muito menos durante 12 horas e a noite, mas acho que nao existem icebergs por aqui. De qualquer forma, acordei varias vezes durante a noite e olhava pro chao pra ver se tinha agua. Mas cheguei bem em Xangai, ao nascer-do-sol.
Nao apenas a paisagem me lembrou estes dois lugares como tambem a simplicidade do estilo de vida, da culinaria, da estetica, etc. Tinham umas casinhas de pedra que dava vontade de levar comigo!
Eu percorri o maximo que pude mas nao consigui chegar ao outro extremo da ilha, onde tinha mais um templo, este fica para proxima.
Durante a tarde, resolvi entrar num templo. Valhe dizer que esta foi a primeira vez que entrei num templo budista. Nao sei porque, eu tinha a ideia que eles nao funcionavam mais como espacos de cultos, pensava que eram apenas lugares turisticos. Talvez pela quantidade de turistas disparando flashes a toda hora.
Nao sei se descrevo o que eu vi la dentro ou a sensacao que eu tive. Nao sou muito bom com as palavras. Este templo que entrei (Puji) data de 973 A.C. e eh constituido de varios edificios alinhados paralelamente a um eixo percursivo longitudinal. E nas extremidades ficavam outros edificios, fechando o perimetro, que pareciam servir de apoio aos templos e aos monges.
Assim que adentrei Puji, vi este primeiro edificio e na frente dele um enorme incensario onde as pessoas colocavam 5, 10 incensos de cada vez. A fumaca e o cheiro estavam impregnados em todos os lugares. O mais impressionante foi ver estes turistas chineses (super afoitos e barulhentos do lado de fora) agradecendo em todas as direcoes e se ajoelhando (inclusive as Patys de salto alto e casacos de pele). Muito bonito, calmo e sereno. Por um momento pensei que nao era permitido entrar, pois estavam todos do lado de fora, mas logo vi que tinham pessoas la dentro. Cheguei perto e vi uma enorme estatua de um buda numa especie de altar, varias flores e outras oferendas em volta. Demorei pra tomar coragem pra entrar, mas entrei. Era ruim de enxergar pois era bem escuro e no outro lado havia uma saida que ofuscava a vista.
Saindo deste primeiro, vi mais um incensario gigante (parece uma churrasqueira), degraus, arvores milenares e mais pessoas se ajoelhando. E eles fazem isso repetidamente: agradecem em pe, se ajoelham, agradecem, levantam, agradecem, se ajoelham, agradecem, repetidamente e bem rapido. Entrei. Neste outro templo, existiam esculturas de varios budas ocupando as extremidades. Se nao me engano sao 12, mas quando contei tinham mais. Entao, eles passavam de um por um agradecendo a todos. Nao sei bem se estavam agradecendo ou se benzendo. Saindo deste templo: mais arvores milenares, mais degraus, mais um incensario e o ultimo templo E-N-O-R-M-E! Se fosse para colocar uma altura diria que era um edificio de 4 pavimentos. E este templo era pintado de amarelo. Quando chego perto, meus olhos enchem de lagrima: uma buda (feminino) gigantesco que ocupava toda essa altura do templo. Alem de ser todo dourado, ainda tinha uma luz amarela e uns panos amarelos. Meu Deus! Era enorme! Do lado direito, tinha uma area com varias mobilias para se ajoelhar e por cima um cilindro de pano com varias inscricoes chinesas que cobria toda esta area e ia ate o teto. Apesar de bem escuro, vi a estrutura do edificio com umas toras de madeira enormes. Todas talhadas. Este ultimo tambem dava para atravessar, mas do outro lado soh tinha um edificio que era fechado ao publico. Eu fiquei perambulando pelo Puji durante muito tempo, entre incensos, fumacas, musicas, cultos e arvores. Foi minha primeira experiencia num templo budista. Estava a beira das lagrimas o tempo todo.
Depois do templo, tentei comprar algumas coisinhas mas meu dinheiro nao permitia muito. Nao queria chegar em Xangai sem um trocado no bolso.
Fui atras do meu barco. Era meio velho e enorme, bem maior do que o da ida. Fui entrando e mostrando meu bilhete para me dizerem onde era meu assento. Ai mandaram eu descer. Depois desci denovo. E acho que desci mais uma vez. E ai ele ficou bem feio. Parecia que eu tava no Titanic naquela ultima classe, os primeiros que morreram. Finalmente achei meu numero, era um quarto com 8 camas em beliche. Era feio mas tava bem limpinho com travesseiro e coberta. Nao vou mentir, estava com medo, nao faco muitas viagens de barco, muito menos durante 12 horas e a noite, mas acho que nao existem icebergs por aqui. De qualquer forma, acordei varias vezes durante a noite e olhava pro chao pra ver se tinha agua. Mas cheguei bem em Xangai, ao nascer-do-sol.
2008年3月24日星期一
fim de semana
Depois de um mes de trabalho arduo, tive um final de semana normal. Fiz milhares de planos, entre eles ajeitar meu quarto que nao estava habitavel. Na sexta-feira mesmo, fui comprar minha luminaria. Na verdade, comprei um daqueles balao/lanterna vietnamita e resolvi usar uma base que achei no meu quarto. Soh precisava comprar uma lampada, um fio e uma tomada.
Perto de casa comprei tudo que faltava e ainda me deu uma vontade de comprar tinta pra pintar uma das paredes. Queria vermelho, to precisando. Tinta, corante e rolo. Comprei tudo, quase me arrependi pensando que ia ficar encalhado soh ocupando espaco. Na mesma noite, ajeitei o abajur.
No dia seguinte, acordei mais cedo do que o planejado e fui pintar a parede! Pensei que ia levar umas duas horas, mas foram quase quatro e meu pulso ta doendo ate hoje. Mas ficou perfeito, com direito a segunda mao e tudo mais. Exceto a cor, que por mais que eu tenha dobrado a quantidade de corante, nao ficou vermelho e sim rosa-choque. Ta parecendo aquelas casas mexicanas ou os murais abstratos do Barragan. Coloquei minha cadeira Art-Nouveau ao lado e ficou otimo, pura direcao de arte. Agora, o mais trabalhoso foi tirar a mesa que tinha no quarto. Virei, desvirei, virei denovo, enganxou na porta, voltei, depois passou, mas ai a perna ficou e ela se desmontou. Era muito pesada. Mas no fim consegui, um pouco exausto. Bem na hora da Guerra de Travesseiros que ia acontecer em frente ao Museu das Esculturas (Shanghai Sculpture Space). Sai correndo e esqueci o mapa e o guarda-chuva. Pois cheguei la e me perdi no meio da chuva. Quando tinha desistido de encontrar o lugar, comprei uma porcao de tofu e fui procurar um lugar pra sentar e comer. Ai achei! A guerra de travesseiros nao tava muito legal, a chuva nao nos deixou aproveitar do espaco publico direito e ficamos resguardados numa marquise do museu.
Voltei para casa. Ia soh descansar e encontrar um amigo de Londres. Acabei dormindo e quase nao sai mais. Mas este rapaz me obrigou a acordar, tomar banho e sair. Como ele nao se satisfazia com nenhum lugar, passamos por mais bares e boates nessa noite do que nesses dois meses que estou aqui.
No outro dia, ressaca. Faziam anos que nao me sentia daquele jeito. Mas a noite foi legal, finalmente conheci estrangeiros que nao sao metidos a milhonarios. Esse povo fica maravilhado com a desvalorizacao da moeda local e fica se sentido.
O domingo foi bem de passeio turistico, queria levar ele num templo mas nao consegui sair de casa a tempo. Depois, tive um jantar, passei num bar que tinha uma feira acontecendo e por fim fui pra casa de uma amiga de um amigo e conheci UM BRASILEIRO!
Perto de casa comprei tudo que faltava e ainda me deu uma vontade de comprar tinta pra pintar uma das paredes. Queria vermelho, to precisando. Tinta, corante e rolo. Comprei tudo, quase me arrependi pensando que ia ficar encalhado soh ocupando espaco. Na mesma noite, ajeitei o abajur.
No dia seguinte, acordei mais cedo do que o planejado e fui pintar a parede! Pensei que ia levar umas duas horas, mas foram quase quatro e meu pulso ta doendo ate hoje. Mas ficou perfeito, com direito a segunda mao e tudo mais. Exceto a cor, que por mais que eu tenha dobrado a quantidade de corante, nao ficou vermelho e sim rosa-choque. Ta parecendo aquelas casas mexicanas ou os murais abstratos do Barragan. Coloquei minha cadeira Art-Nouveau ao lado e ficou otimo, pura direcao de arte. Agora, o mais trabalhoso foi tirar a mesa que tinha no quarto. Virei, desvirei, virei denovo, enganxou na porta, voltei, depois passou, mas ai a perna ficou e ela se desmontou. Era muito pesada. Mas no fim consegui, um pouco exausto. Bem na hora da Guerra de Travesseiros que ia acontecer em frente ao Museu das Esculturas (Shanghai Sculpture Space). Sai correndo e esqueci o mapa e o guarda-chuva. Pois cheguei la e me perdi no meio da chuva. Quando tinha desistido de encontrar o lugar, comprei uma porcao de tofu e fui procurar um lugar pra sentar e comer. Ai achei! A guerra de travesseiros nao tava muito legal, a chuva nao nos deixou aproveitar do espaco publico direito e ficamos resguardados numa marquise do museu.
Voltei para casa. Ia soh descansar e encontrar um amigo de Londres. Acabei dormindo e quase nao sai mais. Mas este rapaz me obrigou a acordar, tomar banho e sair. Como ele nao se satisfazia com nenhum lugar, passamos por mais bares e boates nessa noite do que nesses dois meses que estou aqui.
No outro dia, ressaca. Faziam anos que nao me sentia daquele jeito. Mas a noite foi legal, finalmente conheci estrangeiros que nao sao metidos a milhonarios. Esse povo fica maravilhado com a desvalorizacao da moeda local e fica se sentido.
O domingo foi bem de passeio turistico, queria levar ele num templo mas nao consegui sair de casa a tempo. Depois, tive um jantar, passei num bar que tinha uma feira acontecendo e por fim fui pra casa de uma amiga de um amigo e conheci UM BRASILEIRO!
2008年3月19日星期三
putuoshan i
Nao acreditei na quantidade de turistas chineses na ilha. Pensei que seria um lugar remoto, mas tem ate umas topics fazendo transporte na ilha. E sim, eles buzinam do mesmo jeito. Apesar de ser um Parque Nacional, o lixo tambem eh um grande problema.
O hotel que fiquei era afastado do burburinho do templo, hoteis, restaurants. Era bem o que eu queria. Era em frente ao mar (sul da ilha) e ao lado de uma vila de pescadores. A vila tinha uma casinhas revestidas de pastilhas brancas, pontuadas por algumas azuis e se organizava organicamente num morro que ligava esta praia ao centro. Nos entre-espacos, nos interludios, algumas mesas indicavam restaurantes improvisados a partir das proprias casas, ou entao uma lavanderia comunitaria (com direito a pocinho e tudo mais).
Resolvi explorar a ilha em direcao oposta ao centro. Subi uma trilha que me deu uma bela visao dos telhadinhos das casas, da praia e da serra. E atras de mim, um buda enorme dourado brilhando com o por-do-sol. Decidi que queria achar um lugar para sentar e ver o sol. Ja que a ilha parecia acabar por ali, voltei em direcao ao centro e fui para outra praia (leste da ilha) chamada praia dos Cem Passos. Eh impressionante como eles conseguem pontuar a paisagem harmonicamente com aqueles telhado chineses. Fui a um Pavilhao que tinham em cima de uma pedras que ficavam entre a areia e o mar. Ali, eu achei um lugar longe dos homens, soh com o barulho das ondas (eles falam o mesmo idioma no mundo todo) e apreciei o sol se pondo na ilha, atras das arvores da serra.
Vi os unicos turistas estrangeiros que ia encontrar na viagem. Um grupo de espanhois que olhou pra mim e continuou seguindo como se eu fosse mais um chines. Em Xangai tambem eh assim, os estrangeiros nao se olham, nao olham pra nada, soh passam. Nunca pedi uma informacao a um estrangeiro, por mais que a comunicacao seja mais facil em ingles. Eles fazem tanta cara de antipatico que eu sempre parto pras mimicas com os chineses.
Depois do por-do-sol, dei mais uma voltinha no centro e fui atras do meu jantar. Na vila dos pescadores achei as refeicoes mais baratas e, claro, muitos frutos do mar. Vindo de terra de pescador, adorei! Tava uma delicia, mas nada como aquele leite de coco, tomate, cebola e cheiro verde. Ai, meu Ceara!
De bucho cheio, fui dormir, o dia foi muito cansativo. E eu queria acordar cedo no outro dia.
O hotel que fiquei era afastado do burburinho do templo, hoteis, restaurants. Era bem o que eu queria. Era em frente ao mar (sul da ilha) e ao lado de uma vila de pescadores. A vila tinha uma casinhas revestidas de pastilhas brancas, pontuadas por algumas azuis e se organizava organicamente num morro que ligava esta praia ao centro. Nos entre-espacos, nos interludios, algumas mesas indicavam restaurantes improvisados a partir das proprias casas, ou entao uma lavanderia comunitaria (com direito a pocinho e tudo mais).
Resolvi explorar a ilha em direcao oposta ao centro. Subi uma trilha que me deu uma bela visao dos telhadinhos das casas, da praia e da serra. E atras de mim, um buda enorme dourado brilhando com o por-do-sol. Decidi que queria achar um lugar para sentar e ver o sol. Ja que a ilha parecia acabar por ali, voltei em direcao ao centro e fui para outra praia (leste da ilha) chamada praia dos Cem Passos. Eh impressionante como eles conseguem pontuar a paisagem harmonicamente com aqueles telhado chineses. Fui a um Pavilhao que tinham em cima de uma pedras que ficavam entre a areia e o mar. Ali, eu achei um lugar longe dos homens, soh com o barulho das ondas (eles falam o mesmo idioma no mundo todo) e apreciei o sol se pondo na ilha, atras das arvores da serra.
Vi os unicos turistas estrangeiros que ia encontrar na viagem. Um grupo de espanhois que olhou pra mim e continuou seguindo como se eu fosse mais um chines. Em Xangai tambem eh assim, os estrangeiros nao se olham, nao olham pra nada, soh passam. Nunca pedi uma informacao a um estrangeiro, por mais que a comunicacao seja mais facil em ingles. Eles fazem tanta cara de antipatico que eu sempre parto pras mimicas com os chineses.
Depois do por-do-sol, dei mais uma voltinha no centro e fui atras do meu jantar. Na vila dos pescadores achei as refeicoes mais baratas e, claro, muitos frutos do mar. Vindo de terra de pescador, adorei! Tava uma delicia, mas nada como aquele leite de coco, tomate, cebola e cheiro verde. Ai, meu Ceara!
De bucho cheio, fui dormir, o dia foi muito cansativo. E eu queria acordar cedo no outro dia.
de volta ao escritorio
Depois de quase um mes trabalhando na casa desse arquiteto e uns dias de folga, voltei ao escritorio. Surpreendentemente, mudou com a mesma velocidade de Xangai. O cara que eu estava mais proximo pediu demissao. Chegaram varios computadores novos. E hoje, um monte de gente foi remanejado em diferentes equipes. Com que sera que eu vou trabalhar? Olhando os livros da nova sala, nao gostei. Soh livros de instalacoes e estruturas. Tomara que nao me enterrem eternamente no autocad. Uma coisa boa eh uma maquete preliminar que to vendo, nao eh normal por aqui. Bom tambem eh minha nova mesa na janela, olhando pro sul, olhando pro sol. Cabem umas plantas no parapeito e ja tem uma no chao.
2008年3月16日星期日
Ningo - Putuoshan
Eu sai de casa decidido a viajar pra algum lugar. Tinha visto que existia outras duas cidades de onde saiam barcos pra Putuoshan. E resolvi arriscar. Peguei o trem e fui pra Ningbo. Soh tinha passagem em pe, tudo bem. No inicio foi ate confortavel, sentei no chao perto de um pessoal e perguntei pra uma menina sobre Ningbo. Ela falava um pouquinho de ingles. A paisagem ate la foi bem feia, muita area industrial, muita casinha feia, muito rio poluido. Cheguei a me assustar com o que iria encontrar em Ningbo (o fim da linha). Levantei pra ver a paisagem, perdi meu cantinho, "foi namorar, perdeu o lugar". Nas paradas seguintes o trem lotou! E vai apertando ate caber mais gente. Quatro horas de viagem, ja de noite, cheguei a Ningbo. Quando saio da estacao, parecia Xangai! Um monte de luz piscando, carro, gente, buzina. Foi facil achar um hotel. Procurei informacao sobre Putuoshan, tudo anotado, fui dormir.
Acordei cedinho, peguei um onibus, 1:30 depois cheguei no cais. Tinham barcos de 15 em 15 minutos mas soh consegui vaga pra 2 horas depois. Sentei, desenhei a estacao, contei meu dinheiro, ja estava no final, pois nao consegui pagar nada no cartao. Saindo de barco de Ningbo em direcao a ilha, me lembrou um percurso que fiz saindo de Paranagua-PR a Rio Verde. Da cidade portuaria, a paisagem foi se modificando pela natural beleza das montanhas e do mar.
Chegando em Putuoshan, paguei mais do que o planejado pra entrar na ilha, sem cartao denovo.
Contei meu dinheiro e vi que eu tinha o dinheiro da volta e um pouquinho mais. Eu TINHA que achar aquele hotel mais barato que vi em 2 horas, antes que o ultimo barco saisse. A todos que eu perguntava, falavam que era longe, longe, mas a ilha soh tem 4km de extensao! Fui andando e me afastando. E observando onde eu podia passar a noite caso nao conseguisse nada. Depois de sobe morro, desce morro, pergunta aqui, mimica ali e uma paisagem linda ao meu lado, achei o hotel! Tambem mais caro que eu pensava. Mas pronto, com o meu quartinho (bem luxuoso, por sinal), deixei a mochila, contei meu dinheiro, racionalizei a comidinha que eu tinha e fui ver a ilha com outros olhos. Como minha camera esta quebrada, vou tentar descrever a ilha aqui.
Acordei cedinho, peguei um onibus, 1:30 depois cheguei no cais. Tinham barcos de 15 em 15 minutos mas soh consegui vaga pra 2 horas depois. Sentei, desenhei a estacao, contei meu dinheiro, ja estava no final, pois nao consegui pagar nada no cartao. Saindo de barco de Ningbo em direcao a ilha, me lembrou um percurso que fiz saindo de Paranagua-PR a Rio Verde. Da cidade portuaria, a paisagem foi se modificando pela natural beleza das montanhas e do mar.
Chegando em Putuoshan, paguei mais do que o planejado pra entrar na ilha, sem cartao denovo.
Contei meu dinheiro e vi que eu tinha o dinheiro da volta e um pouquinho mais. Eu TINHA que achar aquele hotel mais barato que vi em 2 horas, antes que o ultimo barco saisse. A todos que eu perguntava, falavam que era longe, longe, mas a ilha soh tem 4km de extensao! Fui andando e me afastando. E observando onde eu podia passar a noite caso nao conseguisse nada. Depois de sobe morro, desce morro, pergunta aqui, mimica ali e uma paisagem linda ao meu lado, achei o hotel! Tambem mais caro que eu pensava. Mas pronto, com o meu quartinho (bem luxuoso, por sinal), deixei a mochila, contei meu dinheiro, racionalizei a comidinha que eu tinha e fui ver a ilha com outros olhos. Como minha camera esta quebrada, vou tentar descrever a ilha aqui.
2008年3月13日星期四
folga.
Depois de muito estresse e aperreio, acabamos o tal projeto. Eu fiquei ate doente esses ultimos dias, esse ritmo nao eh pra mim nao. Gracas a deus, resolveram me dar 3 dias de folga. Juntando com o fim de semana, 5 dias. Pensei logo em viajar. Pensei logo em me afastar dessa multidao, dessa densidade. Pensei tambem em evitar ao maximo o norte (mais frio).
Entao achei essa ilha chamada Putuoshan que fica a 12 horas de barco de Xangai. Tem uma historia que existem 4 colinas sagradas do budismo na china e la eh uma delas. Dos 4000 habitantes, 1000 sao monges. Mas foi super dificil achar informacoes sobre ela na internet e conversando com algumas pessoas, ninguem sabia me explicar ao certo como fazia pra ir la. Soh sabia que o barco partia entre 18 e 20hs do pier 16.
Acordei cedo, dei uma geral otima no quarto, lavei roupa, ajeitei minhas plantas, fiz um almoco hum hum hum e preparei um portfolio L I N D O pra deixar em um escritorio que eu achei por ai.
Arrumei a mochila, fui atras de um lugar pra imprimir. Super cansativo, por sinal. Achei a avenida facil, mas ate achar o bendito numero 560, subi passarela, desci passarela, subi denovo, desci denovo, ops, tenho que voltar, subi, desci. Pra que tanto carro?! Ou pra que tanta gente em tao pouco espaco?! (Ouvi falar que estao construindo 10 cidades para 1 milhao de pessoas cada, e cada uma com num sei quantas cidades-satelites, pela periferia de Xangai. Para ver se o povo deixa a cidade. Eh muita gente!). Enfim, imprimi e fui pro escritorio. Quando cheguei la, a porta tava fechada e tinham poucas pessoas. Fiquei um tempao na porta pra ver se alguem me via, quase desisti e coloquei o portfolio embaixo da porta, mas uma moca me viu e veio me atender. Ela foi super simpatica, chamou outra arquiteta, as duas olharam meus papeis. Foram otimas, mas quando foram chamar o chefao, ele tava muito ocupado. :(
Depois, sai correndo pra ver se chegava la no pier antes das 18hs. Cheguei umas 18:20. Mas nao consegui achar o numero 16, eles nem tinham numeros. Fui perguntando, perguntando e indo. Cheguei num ponto que nao achei, ai voltei perguntando, pergutando. Teve uns chineses otimos tentando me ajudar, mas nao consegui achar e o maximo que consegui entender foi a senhora falando 9hs da manha. Detesto essa palavra, mas foi frustrante! Fiquei muito triste. Aproveitei que a mochila tava pronta e fui ate a estacao de trem. Quando cheguei la, tinha um multidao comprando passagem, nao acreditei. A unica cidade que conseguia ler em chines era Pequim, ate cheguei a entrar na fila, mas nao queria sair de Xangai pra ir pra Pequim. Desisti. Amanha vou tentar achar esse pier denovo. Se nao der, nada de frustracao, vou curtir Xangai, tem muito aqui que nao conheco.
Entao achei essa ilha chamada Putuoshan que fica a 12 horas de barco de Xangai. Tem uma historia que existem 4 colinas sagradas do budismo na china e la eh uma delas. Dos 4000 habitantes, 1000 sao monges. Mas foi super dificil achar informacoes sobre ela na internet e conversando com algumas pessoas, ninguem sabia me explicar ao certo como fazia pra ir la. Soh sabia que o barco partia entre 18 e 20hs do pier 16.
Acordei cedo, dei uma geral otima no quarto, lavei roupa, ajeitei minhas plantas, fiz um almoco hum hum hum e preparei um portfolio L I N D O pra deixar em um escritorio que eu achei por ai.
Arrumei a mochila, fui atras de um lugar pra imprimir. Super cansativo, por sinal. Achei a avenida facil, mas ate achar o bendito numero 560, subi passarela, desci passarela, subi denovo, desci denovo, ops, tenho que voltar, subi, desci. Pra que tanto carro?! Ou pra que tanta gente em tao pouco espaco?! (Ouvi falar que estao construindo 10 cidades para 1 milhao de pessoas cada, e cada uma com num sei quantas cidades-satelites, pela periferia de Xangai. Para ver se o povo deixa a cidade. Eh muita gente!). Enfim, imprimi e fui pro escritorio. Quando cheguei la, a porta tava fechada e tinham poucas pessoas. Fiquei um tempao na porta pra ver se alguem me via, quase desisti e coloquei o portfolio embaixo da porta, mas uma moca me viu e veio me atender. Ela foi super simpatica, chamou outra arquiteta, as duas olharam meus papeis. Foram otimas, mas quando foram chamar o chefao, ele tava muito ocupado. :(
Depois, sai correndo pra ver se chegava la no pier antes das 18hs. Cheguei umas 18:20. Mas nao consegui achar o numero 16, eles nem tinham numeros. Fui perguntando, perguntando e indo. Cheguei num ponto que nao achei, ai voltei perguntando, pergutando. Teve uns chineses otimos tentando me ajudar, mas nao consegui achar e o maximo que consegui entender foi a senhora falando 9hs da manha. Detesto essa palavra, mas foi frustrante! Fiquei muito triste. Aproveitei que a mochila tava pronta e fui ate a estacao de trem. Quando cheguei la, tinha um multidao comprando passagem, nao acreditei. A unica cidade que conseguia ler em chines era Pequim, ate cheguei a entrar na fila, mas nao queria sair de Xangai pra ir pra Pequim. Desisti. Amanha vou tentar achar esse pier denovo. Se nao der, nada de frustracao, vou curtir Xangai, tem muito aqui que nao conheco.
2008年3月11日星期二
Mais um brecho
Eu defitinitavemente nao aguento mais trabalhar, meu corpo doi e eu fiquei doente esses dias. Pensei que acabariamos este projeto hoje, mas ainda vamos insistir nele mais um dia! Eu ja tinha planejado uma festinha legal pra hoje e vou seguir com meus planos.
Voltando do trabalho, passei na senhora das verduras. Eh muito engracado como ela se diverte comigo tentando falar chines, ela fica dando umas risadas gostosas, gargalhadas mesmo. Chega junta um monte de vendedor, todos me ensinando a falar chines.
Atravessei a rua e resolvi entrar em mais um brecho. A vendedora tambem era super comunicativa e percebi logo que era gaiata. Nao teve erro, o primeiro preco que perguntei era la nas alturas. Tudo bem que nao era totalmente brecho, tambem tinham roupas novas e roupas falsificadas. Mas ai ela logo tirou a blusa do cabide e foi me puxando pro provador, sempre sorrindo, tive que ir. Pois esta senhora entrou no provador e praticamente trocou a minha blusa para mim mesmo! E comecou a falar que tava lindo, pegou meu rabinho do cabelo e ajeitou. Eu realmente gostei da blusa e de toda a performance dela. Entao, dei uma de doido e perguntei novamente o preco. Fiz que tava contando os numeros nos dedos: "150?!?!?? muito caro!". Deve ter soado muito engracado, porque ela riu DEMAIS. Ela perguntou quanto eu podia dar. Queria falar que hoje eu era estudante, mas enfim, 80. Ela pediu mais, mas eu nao podia negociar, ela cedeu, fazendo uma cara "voce venceu".
Voltando do trabalho, passei na senhora das verduras. Eh muito engracado como ela se diverte comigo tentando falar chines, ela fica dando umas risadas gostosas, gargalhadas mesmo. Chega junta um monte de vendedor, todos me ensinando a falar chines.
Atravessei a rua e resolvi entrar em mais um brecho. A vendedora tambem era super comunicativa e percebi logo que era gaiata. Nao teve erro, o primeiro preco que perguntei era la nas alturas. Tudo bem que nao era totalmente brecho, tambem tinham roupas novas e roupas falsificadas. Mas ai ela logo tirou a blusa do cabide e foi me puxando pro provador, sempre sorrindo, tive que ir. Pois esta senhora entrou no provador e praticamente trocou a minha blusa para mim mesmo! E comecou a falar que tava lindo, pegou meu rabinho do cabelo e ajeitou. Eu realmente gostei da blusa e de toda a performance dela. Entao, dei uma de doido e perguntei novamente o preco. Fiz que tava contando os numeros nos dedos: "150?!?!?? muito caro!". Deve ter soado muito engracado, porque ela riu DEMAIS. Ela perguntou quanto eu podia dar. Queria falar que hoje eu era estudante, mas enfim, 80. Ela pediu mais, mas eu nao podia negociar, ela cedeu, fazendo uma cara "voce venceu".
2008年3月8日星期六
fake tommy hilfiger / SURV
Um dia desses decidi entrar nos milhares de brechos que tem entre a estacao de metro e minha casa. Tava atras de uma blusa pra usar nesse fim-de-semana (pensei que nao ia ser preciso trabalhar...). Enfim, depois de muita garimpagem, achei duas blusas lindas. Ai quando eu fui tentar perguntar sobre um provador, fazer mimica e tal, a menina foi mais rapida e disse que blusa era de mulher. Eu balancei a cabeca como que "tudo bem, eu sei" e tentei perguntar denovo pelo provador. Pois ela insistiu dizendo que era de mulher e tomou de mim! Achei super engracado. Primeira vez na china que alguem tenta NAO me vender algo. Entao, ela me levou nas araras dos homens, eu vi de longe que as blusas eram enormes. E de perto, que elas eram feias. Quando falei que nao gostei ela puxou a blusa e mostrou a marca: TOMMY HILFIGER. Como meu chines eh muito fraco, pensei comigo mesmo: "Eu tenho cara de quem usa Tommy Hilfiger?!" Enfim, quando eu fui pagar pela outra blusa ela comecou a falar que era de mulher e tambem tentou toma-la de mim. Mas ei eu fui mais rapido, paguei e sai: Xiexie!! Zai Jian!!
Vou passar o fim de semana TODO trabalhando. Mas tudo bem, acabaremos o projeto na terca-feira. Vou fazer cara de coitado e pedir pelo menos um dia de folga. Hoje queria passar no meu cafe favorito que tem varias lojinhas legais nas redondezas e procurar por um abajur, um tamborete e almofadas. Meu quarto ta pedindo. Depois de algumas lojas passei numa vitrine e vi um abajur enorme que parecia algum ser submarino. E quando prestei atencao, tinham maquetes atras e, para minha surpresa e deleite, era um escritorio de arquitetura super legal! Chamado SURV. To super tentado a preparar um portfolio e levar la.
Vou passar o fim de semana TODO trabalhando. Mas tudo bem, acabaremos o projeto na terca-feira. Vou fazer cara de coitado e pedir pelo menos um dia de folga. Hoje queria passar no meu cafe favorito que tem varias lojinhas legais nas redondezas e procurar por um abajur, um tamborete e almofadas. Meu quarto ta pedindo. Depois de algumas lojas passei numa vitrine e vi um abajur enorme que parecia algum ser submarino. E quando prestei atencao, tinham maquetes atras e, para minha surpresa e deleite, era um escritorio de arquitetura super legal! Chamado SURV. To super tentado a preparar um portfolio e levar la.
2008年3月6日星期四
Panelada/Buchada
As coisas estao indo OK no estagio. Eu nao gosto do projeto mas o meu chefe e a esposa dele sao uns amores. Esses ultimos dias o empreendedor apareceu e pediu pra antecipar a data do projeto!!! Coitado do meu chefe ficou aperreadinho. Ate pra mim sobrou, ele andou agindo meio grosso comigo, mas tudo bem, eu engulo, respiro, deixo passar, sigo a vida. Ate penso em responder mas entendo o estresse. E tambem, eu fiz umas burradas grotescas ultimamente, nos desenhos. Mas achei foi bom antecipar a data, nao aguento mais. Hoje desenhei as fachadas de uma escola que eu nem sabia que existia, o negocio eh muito grande.
Nao satisfeito com o desenho das janelas que estamos utilizando em todo o projeto, o arquiteto abriu um arquivo hoje surpreendente. Um projeto de um centro comercial no Vietna com umas portas chinesas tradicionais lindissimas. As janelas entao, nem se fala. Nao sei se eh porque sou neto do modernismo brasileiro mas torci o nariz desde o inicio pra toda essa figuracao (principalmente a grego-romana) que ele adora. Porem, devo confessar que tem uma das portas chinesas que eu vi que eu A D O R A R I A ter em casa. Aproveitava e colocava uma janela tambem.
Ontem fui a mais um desses lugares que voce entra e parece que voce atravessa um portal que te leva pra europa. Se chamava "Enoteca" e obvio tinha muito vinho, muito queijo, muito cogumelo e outros aperitivos e claro muitos franceses! Tinha ate um gracom frances! Engracado como eu nao gostava de franceses (por experiencias proprias) e ate agora ja conheci tres otimos, sera que eles precisam deixar a Franca para serem legais?
No ultimo final de semana, tambem tive uma dessas experiencias teletransportadoras. Num lugar chamado The Shelter. Inclusive era preciso atravessar um longo tunel subterraneo pra chegar no lugar. Parecia que eu tava em Berlim, com alguns franceses, uns americanos e ate alguns chineses.
Nao satisfeito com o desenho das janelas que estamos utilizando em todo o projeto, o arquiteto abriu um arquivo hoje surpreendente. Um projeto de um centro comercial no Vietna com umas portas chinesas tradicionais lindissimas. As janelas entao, nem se fala. Nao sei se eh porque sou neto do modernismo brasileiro mas torci o nariz desde o inicio pra toda essa figuracao (principalmente a grego-romana) que ele adora. Porem, devo confessar que tem uma das portas chinesas que eu vi que eu A D O R A R I A ter em casa. Aproveitava e colocava uma janela tambem.
Ontem fui a mais um desses lugares que voce entra e parece que voce atravessa um portal que te leva pra europa. Se chamava "Enoteca" e obvio tinha muito vinho, muito queijo, muito cogumelo e outros aperitivos e claro muitos franceses! Tinha ate um gracom frances! Engracado como eu nao gostava de franceses (por experiencias proprias) e ate agora ja conheci tres otimos, sera que eles precisam deixar a Franca para serem legais?
No ultimo final de semana, tambem tive uma dessas experiencias teletransportadoras. Num lugar chamado The Shelter. Inclusive era preciso atravessar um longo tunel subterraneo pra chegar no lugar. Parecia que eu tava em Berlim, com alguns franceses, uns americanos e ate alguns chineses.
2008年3月2日星期日
mais um fim de semana
Ontem fui ao The Shelter, super legal! Uma portinha na rua, voce desce um lance enorme e estreito de escadas. Dobra a esquerda e tem um tunel curvo bem apertadinho todo preto que leva pra pista de danca e o bar, do outro lado tem uma area com mesas e sofas, sempre com o teto bem baixo e curvo. Soh a gringalhada. Assim que cheguei ja gostei da musica, era tipo um techno mas BEM alternativo, quase que nao dava pra entender. Perto do dj tinham umas pessoas super animadas dancando sozinhas, eu logo me juntei. Pessoal dancava muito bem, tinha uma negra, uma que parecia alema, um chines e grupo de chinesas, todos arrasando! Inclusive todos lugares que eu fui tenho visto uns chineses dancando muito bem, nunca pensei. Volto la, com certeza. Entrada barata, bebida barata, pessoal legal.
Anteontem fui a um bar depois do trabalho, tambem bem legal, chao de vidro com pedrinhas e iluminacao embaixo, barato tambem. No inicio soh tinham uns chineses, depois chegou a gringalhada em peso, ia rolar uma festa, mas nao fiquei. Conheci o dj e algumas pessoas. Ele tocou um tipo de musica eletronica ai nova, nao consigo lembrar o nome que ele disse. Mas era bem gostoso, leve.
E hoje sai perambulando mais uma vez, fui ao MOCA (museu de arte contemporanea). Tinha tentado visitar a escola de arquitetura, mas nao consegui achar o onibus, fica pra proxima. E o fim do domingo fui mais uma vez tomar cha no Ceasura Cafe. La tem uma cesta com cds usados (ou velhos, sei la) pra vender, dessa vez queria levar um (inicio de mes e tal). E la sempre toca umas musiquinhas otimas, entao os cds tambem devem ser. Mas foi dificil escolher porque eu nao conhecia nada e tinham coisas de varios generos e varios paises. Ai encontrei Tom Ze! Cd chamado Estudando o pagode. Ainda nao escutei porque to escutando o outro que levei ja que ele nao tinha troco suficiente. Magic Numbers. Nunca tinha ouvido falar, mas a capa era bonita e o nome da cidade onde foi gravado tambem (Nurnberg). Presumi que era Alemanha e que eles tem feito musicas legais la. E acertei. Cd eh bom. Ai no fim eu tava tentando perguntar o que tinha tocado hoje. Ai ele falou que era do computador e gravou um cd cheio de mp3 pra mim! Que bom, ja tava sem musica pra escutar.
Hoje o dia estava lindo e ta esquentando! Ja deu pra sair sem luva e com casaco aberto o tempo todo. Chega de introspeccao. Super me comuniquei hoje ao longo do dia, ja estou fazendo quase tudo com meu pouquinho de chines e muita mimica, os chineses adoram quando eu me esforco pra se comunicar.
Anteontem fui a um bar depois do trabalho, tambem bem legal, chao de vidro com pedrinhas e iluminacao embaixo, barato tambem. No inicio soh tinham uns chineses, depois chegou a gringalhada em peso, ia rolar uma festa, mas nao fiquei. Conheci o dj e algumas pessoas. Ele tocou um tipo de musica eletronica ai nova, nao consigo lembrar o nome que ele disse. Mas era bem gostoso, leve.
E hoje sai perambulando mais uma vez, fui ao MOCA (museu de arte contemporanea). Tinha tentado visitar a escola de arquitetura, mas nao consegui achar o onibus, fica pra proxima. E o fim do domingo fui mais uma vez tomar cha no Ceasura Cafe. La tem uma cesta com cds usados (ou velhos, sei la) pra vender, dessa vez queria levar um (inicio de mes e tal). E la sempre toca umas musiquinhas otimas, entao os cds tambem devem ser. Mas foi dificil escolher porque eu nao conhecia nada e tinham coisas de varios generos e varios paises. Ai encontrei Tom Ze! Cd chamado Estudando o pagode. Ainda nao escutei porque to escutando o outro que levei ja que ele nao tinha troco suficiente. Magic Numbers. Nunca tinha ouvido falar, mas a capa era bonita e o nome da cidade onde foi gravado tambem (Nurnberg). Presumi que era Alemanha e que eles tem feito musicas legais la. E acertei. Cd eh bom. Ai no fim eu tava tentando perguntar o que tinha tocado hoje. Ai ele falou que era do computador e gravou um cd cheio de mp3 pra mim! Que bom, ja tava sem musica pra escutar.
Hoje o dia estava lindo e ta esquentando! Ja deu pra sair sem luva e com casaco aberto o tempo todo. Chega de introspeccao. Super me comuniquei hoje ao longo do dia, ja estou fazendo quase tudo com meu pouquinho de chines e muita mimica, os chineses adoram quando eu me esforco pra se comunicar.
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